terça-feira, 7 de março de 2017

Q-U-I-N-Z-E A-N-O-S

Quinze anos de um dia que não queria ter vivido. Quinze anos de um dia que queria esquecer. Quinze anos do dia em que pensei que te perderia para sempre. Quinze anos do dia em que toda a vida passou a ter outro sentido e que o valor das coisas se alterou. Quinze anos em que morreu uma mãe que acreditava que tudo era maravilhoso e intocável e que nasceu outra, ciente de que a vida nos reserva coisas inimagináveis.. Quinze anos que mais me parecem trinta pela distância que tem na minha memória. Quinze anos em que passei a ter a certeza que poderia viver sem muitas pessoas que amava, mas que sem um dos meus filhos não sei como seria... Quinze anos difíceis, algo doídos por saber que a vida para ti, não foi mãe, foi madrasta. Porque tu eras um bebé e não merecias as privações que tiveste. Sei que serás sempre especial. Que tudo em ti é diferente. Nem poderia ser de outra maneira depois de tudo que viveste. És o meu “anjo de asa partida”. Agradeço a Deus todos os dias por que te mandou para mim. Ensinaste-me mais mais nos teus primeiros anos de vida do que a minha existência de quarenta e seis. Proponho que recordemos este dia, como uma chance de olhar para a vida com outros olhos… Não precisas dizer porque sei onde queres ir comemorar... <

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O meu-primeiro-bebé-vai-fazer-17-ANOS-daqui-a-15-dias. O tempo passou depressa demais!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mãe de três filhos crescidos

...é isso que agora sinto que sou. Se até então eles foram crescendo devagarinho e permitindo que não me sentisse assim...agora o sentimento é inquietante. Sinto que não chego a todos como gostaria. Gerir um rapaz em plena adolescência..., outro que para lá caminha..e uma menina muito senhora de si..não é pacífico.

Descartável ou Reciclável?

Confesso que numa primeira fase senti-me descartável...Aliás, infelizmente essa sensação não é nova. Com o passar do tempo (sim, o tempo continua a ser um grande aliado!), acredito que seja reciclável, como muita coisa nesta vida. Os livros, os vestidos...e porque não, as mágoas? Se a idade traz sabedoria, eu, do alto dos meus 42 anos, deveria saber, que não posso pautar as atitudes dos outros pelas minhas..mas assim o é, e acredito que sempre será. Vou morrer, sofrendo, porque vivo intensamente tudo aquilo em que acredito. Agora, resta-me agarrar nas dores e mágoas e recicla-las, transformando-as em algo bom, para mim e para os outros! E sigamos em frente!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Em dia de greve...

Um dia difícil. Um ano a mais. Dores a mais.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Novas dores de crescimento

Em meio a uma tempestade de sentimentos causados pelo fato de ter três filhos crescidos em casa, retorno. Um ano se passou e tanto mudou, e novas dores de crescimento floresceram. As crianças são assim.., crescem, sem pedir licença. O adolescente que há muito adolescia, assumiu-se como adolescente em pleno. De tamanho (está enorme! tendo já passado a mãe e ansioso por passar o pai!)de garganta e em atitudes. Passou a precisar apenas de "meia mãe". O pré-adolescente passou para a fase que o irmão deixou, embora com a postura límpida da vida que só ele tem. A menina-bebé, assumiu-se como menina, mas ao conviver "porta-a-porta" com os adolescentes já o parece. E os bebés cá de casa transformaram-se. E inevitavelmente a mãe dos bebés está a aprender a deixar de o ser e a aprender a ser a mãe dos meninos crescidos. Daqueles que só precisam um bocadinho da mãe. Daqueles que sabem o que querem, e o que não querem. Daqueles que acham que sabem tudo e que não querem partilhar nada. Daqueles que não admitem beijos roubados e invasões de privacidade. Definitivamente as mães também tem que crescer e aprender que por mais que isso doa, é inevitável, pelo bem de todos. (A mim resta-me pegar nas saudades que os bebés deixaram e calá-las com colo para a sobrinha bebé que aí vem..., deixando sempre espaço para as recaídas que os filhos crescidos tem ao longo da vida...)

sábado, 17 de setembro de 2011

Um novo início..

de ano escolar cá por casa.
Nesta altura forro livros sem fim, etiqueto cadernos, identifico mochilas, lápis e afins.

Volto a fazer lanches matinais e cumprir escrupulosamente os horários deles.

Todos os anos converso com eles sobre o que significa para cada um, a escola, a aprendizagem e a postura que devem ter perante estas coisas.

Acho que somos bastante justos, não exigimos notas brilhantes e quadros de honra, apenas desejamos que cada um dê o seu melhor....e peça ajuda se precisar.

Desta vez deixaram de ser 2 para serem três nestas andanças.

Sim, ela estreou-se no 1º ano e não nos surpreendeu a autonomia, independência e fascínio pelo novo.

Retornou todos os fins-de-tarde com um grande sorriso, cheia de novidades e já com a sua professora como "detentora" do saber.
Se já juntava sílabas e as lia, agora tenta decifrar todas as letras que encontra, como que querendo fazer juz ao ideal de que no 1º ano se aprende a ler (isto na cabecinha dela, porque a pobre professora ainda não teve tempo de sair dos grafismos!)

O menino do meio também anda feliz da vida porque tinha saudades dos colegas e de aprender.

O mais velho, como sempre, não demonstra grande felicidade pelo término das férias, mas em agosto confidenciou-me que tinha alguma saudade da escola!

E cá estou eu....com um filho no 1º ciclo, um no 2º ciclo e outro no 3º: cada qual com seus temores, alegrias e novidades!

E que grande ano será cá em casa, tão fértil em aventuras e experiências!!