sábado, 30 de maio de 2009

A verdadeira crise!

Para mim, a verdadeira crise não é financeira, é de valores.

Trabalho com crianças e para crianças e consequentemente trabalho também para os pais das crianças.

Ao longo tempo tenho sentido que as crianças andam 'desnorteadas': sem referências, sem protecção, sem EDUCAÇÃO. Sim, porque educar é cuidar, proteger, orientar, autonomizar....

Há certos pais que se demitem da função de educar e limitam-se a ser ' amigos' dos filhos e fazer lhes todas as vontades.

As crianças precisam sobretudo de modelos 'para copiar' para crescer. Precisam de 'modelos adequados', porque também de nada serve dizer ' - come a salada!' e o pai ou a mãe não comerem. De nada serve dizer para não andar à pancada na escola e o próprio pai oferecer um murro ao primeiro que o contrarie no trânsito....

Eles imitam-nos.

É preciso perceber aquilo que lhes queremos 'passar' como mensagem...para que se tornem pessoas melhores que nós...afinal assim caminha a evolução: filhos melhores que os pais e assim sucessivamente. Pelo menos ERA assim que deveria SER.

Quando uma criança não tem orientação, nem limites torna-se num tirano...e não há tiranos felizes!

Custa-me muito ver uma criança perder-se para esta vida e ontem vi mais uma nesse caminho, pois seus pais continuam a achar que o 'mundo' é que está contra o seu filhinho...uma criança que NÃO PODE SER CONTRARIADA porque senão desata aos pontapés ao que tiver à frente. Uma criança que-só-faz-o-que-lhe-dá-na-real-gana!

domingo, 24 de maio de 2009

Prazo de Validade

Sinto-me como os iogurtes que tenho no frigorífico: com prazo de validade curto, quase a acabar!

Tenho 38 anos e 7 meses.

Segundo todas as estatísticas as mulheres devem ter filhos até aos 35 anos no máximo (a minha última cria nasceu no ano em que eu completei 35!).
Sabemos que ao longo da idade os riscos de gerar uma criança deficiente aumenta muito, e a capacidade de engravidar também!

A minha mãe entrou em menopausa 'precoce' aos 38 anos depois de ter tido 4 filhos...

Sinto uma pressão enorme do tempo que não caminha ao mesmo ritmo do meu relógio biológico e isso irrita-me!

Queremos ter outro filho mas ainda não sabemos quando. Sei que quando for a altura nós saberemos. E será que nessa altura ainda conseguirei engravidar?

É castradora a sensação da limitação física para as nossas opções de vida!

Hoje estou especialmente irritada...nunca pensei que estar quase nos 'enta' fosse tão complicado!

Mais uma flor murcha ...

no meu jardim!

E é sempre a flor do meio...! Mais uma amigdalite, ao que parece! Febre desde 5ª!!!

Febre espaçada..e relativamente baixa, mas ainda assim febre. Esperamos que amanhã dê tréguas senão terá que ser visto pelo pediatra.

Ele está farto da 'garganta' e de estar ' doente. Nós cansados de o ver sofrer.

Passamos todos mais um fim-de-semana de molho sem sair de casa. E viva os DVD's, a playstation, PSP e afins!

Mas também com este tempo tão instável até me admira as outra duas florinhas continuaram frescas e bonitas!

Há de passar!

domingo, 17 de maio de 2009

A palmadinha 'pedagógica'

Antes de ser mãe e ao ser filha achava injustas as palmadas.

Sempre disse que nunca bateria nos meus filhos.

Quando meu 1º filho nasceu continuei a pensar da mesma forma, afinal é (e sempre será) injusto usar a força física contra alguém menor que eu e a quem tenho enquanto mãe a função de CUIDAR, AMAR E PROTEGER.

Ou seja, bater ía contra todos meus os princípios.

Conforme ele foi crescendo e aprendendo a conviver socialmente a questão voltou a preocupar-me porque eu dizia para não bater nos amigos, ele não batia mas eles batiam-lhe. Que fazer? Que grande confusão na cabeça dele.

Ele cresceu e sentimos que a marca dos primeiros anos ficou. Não é habitual 'meter-se' em confusões. Não bate, mas já levou. Não batia no irmão mais novo porque sabia que 'não se bate, muito menos nos pequeninos', mas chegou uma altura em que o irmão lhe batia....embora a forma de passar os 'valores' fosse igual para ambos.

De vez em quando batem-se..

E nós, batemos? Confesso que houve algumas vezes em que lhes dei umas palmadas (as que chamaria 'pedagógicas')...e que no minuto seguinte me arrependi.

É um facto que bater não resolve. Não resolve mesmo. Não há estudos que comprovem que os miúdos que levam palmadas são mais adequados que aqueles que nunca foram tocados.

Ontem ao ouvir um grande especialista no assunto a falar, senti-me mal enquanto mãe e enquando cidadã pensando nas palmadas que já dei.

Como posso ensinar os meus filhos que se deve respeitar os outros se os desrespeito ao bater?

Acho que sim, que a palmada NUNCA é pedagógica.

Nós é que em determinados dias estamos mais cansados ou mais stressados e descarregamos neles ou muitas vezes repetimos modelos: fazemos a eles aquilo que nos faziam a nós e que tanto abominávamos!

Educar é mais do que isso. Educar exige muita paciência.

Há outras formas de os penalizar. Levar um castigo até ao fim, retirando privilégios ou dando tarefas é bem mais justo e pedagógico.

Eu aprendi a lição.

Amigo não bate em amigo. Porque pai e mãe têm que bater?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O milagre...

O sábado foi chuvoso com direito a trovoadas e tudo.

Previa-se um domingo também molhado...! Ele ficou desapontado pois a festa era ao ar livre....e havia tanta coisa planeada para se fazer....

- Mãe, se eu pedir a Deus para ficar sol amanhã, será que o sol vem?
- Não sei filho...porque não experimentas pedir. Tens é que acreditar com muita fé!Eu acho que TU mereces um dia com muito sol.

Dito e feito. Ele pediu.

Às 12:00 de domingo ameaçava chover MAS não choveu. Às 15 tínhamos SOL.

O dia correu lindamente e ele estava f-e-l-i-c-í-s-s-i-m-o.

VALE A PENA ACREDITAR!

sábado, 9 de maio de 2009

N-o-v-e Anos!!!!

Fiz contas de cabeça há uns anos atrás.

Percebi que no ano em que completasses nove anos, estarias a ultrapassar a 'barreira' dos cinco anos da batalha que bravamente iniciaste aos 21 meses...

Amanhã completas nove anos de exîstência. Nove anos intensos cheios de sorrisos, alegrias, lágrimas, medos, incertezas, angústias!

Todos os dias sinto em ti esta intensidade de viver. Queres viver tudo. Queres fazer tudo. Buscas a perfeição. Não desistes de nada.

Os trabalhos de casa têm que ser acabados a qualquer custo dentro da hora que achas que tem que ser. Tens que ir às aulas de basket mesmo que tenhas tido uma virose horrorosa que te deixou de rastos por uma semana...., tens que aprender música mesmo que as aulas sejam à hora do inglês.....Tens que acordar cedo para brincar mesmo que isto te faça desistir do que mais gostas de fazer: dormir.

És mesmo muito especial. Dás lições de moral ao teu irmão mais velho e à tua irmã mais nova. Matas de saudades os teus avós horas depois de te terem devolvido após uma semana de 'cuidados intensivos' diante das tuas viroses e afins.
Enches-nos de orgulho seres tão maravilhoso e estares VIVO!!!!!

Não tenhas a menor dúvida de que és um ser especial e tens uma missão muito importante aqui na Terra.

Muitos parabéns meu anjo-de-asinha-partida, nosso maior desejo é que Deus continue a proteger-te e a dar-te saúde e que possas ser todos os dias a pessoa maravilhosa que és!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Conquistas!

Já consegui a empregada e as férias (julho inteirinho bem longe daqui!). Falta-me abrandar o ritmo.

No último domingo..

... "Dia das Mâes" brilhava no céu mais uma estrela...e embora o sol radioso desse dia ofuscasse o seu brilho ela brilhava certamente para a sua única princesa de apenas 4 anos...como que a dizer-lhe que ía guía-la para sempre!

Descansa em paz minha querida!

São estas tragédias que infelizmente nos fazem bendizer a vida que temos e nos fazem pensar na nossa própria morte.
Eu tenho tanto medo de perder os que amo que raramente penso na minha própria morte.

No sábado e no domingo, pensei como seria a vida dos meus filhos depois da minha morte...e senti uma angústia enorme...porque como diz o ditado "Quem tem mãe, tem tudo!"
Peço a Deus que me permita, estar por perto até que sejam pelo menos adultos e com seu caminho traçado...