quinta-feira, 30 de abril de 2009

As insanidades de uma humana cansada...

poderia ser o título de um livro, se dos meus pensamentos ao fim do dia se tratasse...

Quando acaba um louco dia de trabalho...com jornadas sempre superiores a 12 horas intensas e intensivas, sinto que já não digo-coisa-com-coisa...

Nestes dias quando chego a casa só me apetece afundar no sofá e hibernar, mas ao contrário do que me apetece, tenho que cair na 'real' e atender três crianças famintas..., orientar banhos e metê-los na cama com histórias contadas e relatos diários ouvidos..fora aqueles dias em que ainda tenho que 'estudar' com eles algo e personalizar o estudo que eles tem com outras pessoas durante o dia!

Nesses dias invejo as mães que são felizes sem trabalhar fora. Não invejo a possibilidade delas não trabalharem, porque isso é uma opção. Invejo o sentimento de plenitude e de realização delas.

É aqui que dois lados de mim mesma chocam: se por um lado adoro ser mãe - e sei que o queria ser desde sempre - por outro adoro o meu trabalho e crescer todos os dias como profissional também é uma meta.

Não seria feliz se me tirassem a maternidade ou o trabalho. Mas há alturas que são muito incompatíveis!!!!

Delegar é complicado, quando 'achamos' que fazemos melhor e mais rapidamente tudo.

Os meus filhos não consigo delegar, ou melhor, consigo em casos extremos. Delego à minha mãe apenas.

O trabalho, depende, mas também é complexo.

Já percebi que se continuar com este ritmo não terei sanidade mental por muito tempo..e quando estiver mesmo a 'bater-mal-das-ideias' , querendo ou não, alguém cuidará dos meus filhos e do meu trabalho.

Preciso urgentemente de abrandar o ritmo, de uma boa empregada-doméstica e de um mês de férias longe do trabalho.

É pedir de mais ou já estou mesmo insana?

(Os miúdos estão óptimos Graças a Deus, a amigdalite do B. passou e acabou por se demonstrar viral e não bacteriana já que a febre demorou 5 dias a passar...enfim, já foi: mais uma para a 'colecção'! A princesa anda mais bailarina que nunca..com tanto ensaio para o espectáculo de fim-de-ano e o R anda cansado de tanta prova de aferição, globalizante e etc...)

domingo, 19 de abril de 2009

Os meus gémeos...

não nasceram da mesma barriga,não são idênticos - nem nada, um é loiro, outro moreno -têm 2 anos, 9 meses e 22 dias de diferença....mas de resto, comportam-se como se sempre tivessem estado juntos.

Partilham o quarto, o amor dos pais e da irmã. Brincam sempre juntos. Zangam-se e fazem as pazes a seguir. Têm roupas iguais mas nem sempre acham piada a vestir-se igualmente. Não tenho a menor dúvida de que têm uma relação especialíssima.

Há 5 dias o do meio adoeceu - a garganta pela enésima vez - e foi para a casa dos avós - já que os pais não podiam 'não ir trabalhar' (vêem como ser patrão não é só vantagens?)....a separação deles foi triste de se ver...

Um estava murcho e murcho seguiu, apenas animado com o mimo exclusivo a que ía ter direito.
O outro murchou a seguir. Não havia nada para fazer em meio à montanha de brinquedos e jogos que eles possuem...., o quarto estava vazio..., o olhar triste e o silêncio ensurdecedor quando a princesa adormeceu no quarto ao lado.

Para 'ajudar' também a pequena andava pela casa a dizer que estava com saudades do mano ausente.

Nós sentimos sempre a ausência de um deles, principalmente por estar doença, mas sabíamos (e sabemos) que era a melhor opção.

Passaram-se 5 dias e como ainda não está completamente curado ainda não veio para casa. Virá se Deus quiser, amanhã ou depois.
Os irmãos ensaiam o reencontro e já nos pediram para fazer a comida preferida dele para o jantar do 'retorno'.

São assim as ausências. Servem para percebermos o quanto - afinal - gostamos de quem não está connosco. De uma forma ou de outra até nestas situações se aprende....

Vê-los tão unidos e sentí-los tão tristes pela ausência mútua enche-nos de orgulho, pois ter dois filhos em casa que se adoram e se admiram é um presente de Deus, aliás como todas as formas de amizade.

Que ele melhore depressa e volte para nós!

domingo, 5 de abril de 2009

A grande dificuldade de avaliar....

Para mim, avaliar é uma das tarefas mais complexas que existem. E tudo porque há que ser justo.

A avaliação que me refiro pontualmente é a avaliação escolar..porque muitas mais se seguem, obviamente!

Como é que se avalia o desempenho de quem se esforça muito mas não consegue atingir o grau 'satisfatório'?

Como se avalia quem atinge o satisfaz plenamente mas tem um péssimo comportamento?

Isto tudo porque os professores falam na 'dita' avaliação ocntínua........

Dizem que as notas dos testes não são de facto o que mais pesa para a nota final....Então o que é? Basta ficar calado todo o tempo e participando um bocadinho para se ter positiva mesmo quando os testes são negativos?

È isto que questiono. É isto que ninguém consegue explicar-me ou pelo menos convencer me de que é a verdade.

E quando sabemos (e o agrupamento também) que há um professor com sérios problemas (de atitude sobretudo) a dar aulas....ou melhor, que não dá aulas nem faz coisa nenhuma... e os seus alunos tem negativas....(pois não aprendem coisíssima nenhuma!!!)?

Estou muito desiludida com o ensino, com a avaliação e sobretudo com o discurso incoerente do Ministério da Educação e do 1º Ministro.

Acho que a educação no nosso país piorou muito nos últimos anos e a tendência é piorar cada vez mais!

De facto, felizardos daqueles que têm dinheiro para pôr os filhos nos colégios privados, onde os pais ainda são ouvidos e respeitados de uma outra forma.

Quando se tem dois filhos em início de vida escolar e um que ainda não iniciou não podemos estar animados com o panorama, pois não?

Estou a pensar seriamente em abrir um colégio!