quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

N-o-v-e A-n-o-s

Nove anos de um dia que não queria ter vivido.

Nove anos de um dia que queria esquecer.

Nove anos do dia em que pensei que te perderia para sempre.

Nove anos do dia em que toda a vida passou a ter outro sentido e que o valor das coisas se alterou.

Nove anos em que morreu uma mãe que acreditava que tudo era maravilhoso e intocável e que nasceu outra, ciente de que a vida nos reserva coisas inimagináveis.

Nove anos que mais me parecem trinta pela distância que tem na minha memória.

Nove anos em que passei a ter a certeza que poderia viver sem muitas pessoas que amava mas que sem ti e sem o teu irmão nada me faria sentido.

Nove anos difíceis, algo doídos por saber que a vida para ti, não foi mãe, foi madrasta. Porque tu eras um bebé e não merecias as privações que tiveste.
Sei que serás sempre especial. Que tudo em ti é diferente. Nem poderia ser de outra maneira depois de tudo que viveste.

És o meu “anjo de asa partida”.

Agradeço a Deus todos os dias por que te mandou para mim.

Já me ensinaste mais nestes últimos nove anos do que a minha existência de quarenta.
Proponho que recordemos este dia, como uma chance de olhar para a vida com outros olhos…

Onde queres ir comemorar?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

E pronto: último vestígio do meu bebé foi-se..

Ela cresce (eles crescem).

Cresce(m) muito depressa.

Depressa demais...e eu diria, sem pedir licença.

Ontem caiu o 1º dentinho à mais nova...aquele que só apareceu aos 10 meses!

Isto dos anos passarem muito depressa deprime uma mãe...Bolas!

Ainda há tão pouco tempo (pois...é verdade.., se calhar não foi há tão pouco tempo assim..!) tinha uns bebés lá por casa...que estavam a aprender a andar, a falar...Agora já questionam a sua própria liberdade ?!

Estou a ser egoísta, eu sei, a pensar só no meu sentimento de mãe-que-ainda-não-está-totalmente-preparada-para-ver-os-seus-passarinhos-aprenderem-a-voar...

Mas perante a felicidade deles da independência, da autonomia..sinto um misto de orgulho e nostalgia.

E segundo sei, a nostalgia é a saudade boa.

Quero que voem e que possam voar alto..

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A difícil tarefa de educar...

Quando eles eram bebés, a minha mãe passava a vida a dizer-me para aproveitar pois à medida que íam crescendo, tudo ía ficar mais difícil...e eu ía ter saudades de os ter ao colo...

Não duvidava, mas como quase tudo na vida, em que só aprendemos "às nossas custas", pensava que ela exagerava.

Neste momento, já não tenho bebés, tenho uma menina, um pré-adolescente, um (pleno) adolescente...e já tenho saudades de os ter ao colo!!!

Ainda não começaram as saídas nocturnas!

Sei que crescer não é fácil, são borbulhas e pêlos a mais em corpos de meninos grandes.
É a pressão. É a vontade de crescer com a dificuldade em assumir mais responsabilidades, o tomar decisões e recear assumir as consequências dessas decisões.

É o querer e o não querer.

É o amar e o odiar.

É a complicação de sentir coisas tão diferentes ao mesmo tempo.

Eu sei. Também tive 13 anos. Também me senti assim, perdida.

Já tive 13 anos mas ainda não tinha sido mãe de um jovem de 13 anos. (isto ao 2º e ao 3º custa menos, de certeza!)

É preciso cobrar...é preciso chamar à atenção, à razão...a vida não se contrói sem esforço, sem trabalho..e não é no "You Tube" nem com a viola, que vai subir as notas...

Não é perdoando e fingindo que está tudo óptimo que o ajudo.

É preciso que as regras sejam cumpridas.

É preciso que perceba que há limites para tudo.

E o que fazemos quando não sabemos se estamos a exigir demais?

Ter um filho de 13 anos é fácil, educar um filho de 13 anos é que é difícil....

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E estás do meu tamanho..

É.

Pois é.

Eu sabia que este dia ía chegar. O meu menino-mais-velho, chegou à minha altura...1 metro e sessenta e sete...com APENAS 13 anos!!

Eu sabia...e estou orgulhosa por ter um filho que está cada dia mais lindo (babo mesmo muito!), mais crescido!

E queria apenas dizer-te isto...que és um rapaz muito especial e que independentemente do tamanho, caberás sempre no meu colo!

O Coração Cheio..

...é o que sinto quando os oiço... a brincar, cantar, falar...

As conversas que incluem os 5, os 10 e os 13 anos, são diversas e divertidas!

A miúda dança e ensina (tenta, pelo menos) ensinar a sua arte aos irmãos..., os irmãos jogam, lutam...., conversam, zangam-se...e muitas vezes incluem-na dos seus programas..

As gargalhadas ecoam...A cumplicidade sente-se nos olhares...

As conversas reflectem o que são, o que sonham, o que imaginam...

Ao ouví-los, sinto a paz do dever que se vai cumprindo....

Peço muitas vezes é que cresçam mais devagar (claro que quero que cresçam!!), porque a este ritmo serei a mais baixa do grupo num piscar de olhos