quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

N-o-v-e A-n-o-s

Nove anos de um dia que não queria ter vivido.

Nove anos de um dia que queria esquecer.

Nove anos do dia em que pensei que te perderia para sempre.

Nove anos do dia em que toda a vida passou a ter outro sentido e que o valor das coisas se alterou.

Nove anos em que morreu uma mãe que acreditava que tudo era maravilhoso e intocável e que nasceu outra, ciente de que a vida nos reserva coisas inimagináveis.

Nove anos que mais me parecem trinta pela distância que tem na minha memória.

Nove anos em que passei a ter a certeza que poderia viver sem muitas pessoas que amava mas que sem ti e sem o teu irmão nada me faria sentido.

Nove anos difíceis, algo doídos por saber que a vida para ti, não foi mãe, foi madrasta. Porque tu eras um bebé e não merecias as privações que tiveste.
Sei que serás sempre especial. Que tudo em ti é diferente. Nem poderia ser de outra maneira depois de tudo que viveste.

És o meu “anjo de asa partida”.

Agradeço a Deus todos os dias por que te mandou para mim.

Já me ensinaste mais nestes últimos nove anos do que a minha existência de quarenta.
Proponho que recordemos este dia, como uma chance de olhar para a vida com outros olhos…

Onde queres ir comemorar?

3 comentários:

  1. L., ele quer ir à Serra da Estrela, acreditas??
    Vamos ver quando iremos...
    Beijinhos

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  2. Normalmente comemoram-se os dias que se querem viver outra vez. Mas os dias que não se queriam ter vivido e que se superaram merecem uma comemoração maior que qualquer outra.
    um beijinho grande.

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